Final de ano é uma das épocas mais esperadas pelas pessoas. Não sei se você é uma dessas pessoas, mas a bem da verdade para algumas mães com bebês menores de 6 meses essas comemorações podem ser um pouco tensas: muitos familiares, muito barulho, muita comida (o que pode tornar a oferta ao seu bebê bem grande e falaremos disso), muitas mãos em volta do bebê que já pode estar em um nível de estresse grande. Como lidar sem se estressar e ainda conseguir aproveitar a celebração? Veja 5 Passos para Sobreviver as Festas de Fim de Ano com seu Bebê
1o) Vislumbre a seguinte cena: Você chegando na festa com seu bebê. Já foi aquele pequeno sufoco sair de casa, principalmente se você tem mais de 1 filho. Corre daqui, arruma menino, separa fralda, roupa extra e todo o aparato, embala o prato a ser servido. O nível de estresse já se encontra ligeiramente acima do normal e claro, seu bebê responde a tudo isso como? Chorando, resmungando, enjoadinho. Enfim, chegam ao destino e assim que você adentra o recinto, milhares de mãos em cima do seu filhote querendo um pedacinho dele e implorando pra você deixá-los pegar. Como faz? Te respondo! Sling, querida mãe. Com o bebê aconchegado ali fica muito mais tranquilo ele absorver o ambiente novo e estranhar menos. Se mesmo assim, alguma pessoa sem noção pedir pra você tirá-lo dali, diga que não. Simples assim. Diga que não, que ele está enjoadinho e até ele se acalmar, ali ele ficará.
2o) Horários. Cada família tem sua maneira de comemorar o fim de ano, mas de maneira geral as ceias acontecem em um horário mais tarde, o que faz com que essas festas terminem muito tarde. Pra quem tem filho pequeno, estender até onze horas, meia-noite é super cansativo (eu, com minha filha, às dez e meia já estou caindo pelas tabelas de sono), então minha dica é: chegue cedo! Meu marido tem um ditado que acho ótimo: chego cedo pra sair cedo. Não se prolongue se o bebê estiver muito cansado e sem conseguir repousar em meio a agitação. As vezes, nós pais, precisamos abrir mão de algumas coisas. Nesse caso, abrir mão do fim da festa!
3o) Comida. Não tem jeito, sempre vai ter aquela tia, aquele avô ou quem quer que seja que vai oferecer comida ao seu bebê com a desculpa mais esfarrapada, do tipo “Mas ele está olhando com tanto gosto!” Quando nos perguntam se pode é mais fácil recusar. O chato é quando dão direto na mão do bebê e é claro que ele vai levar a boca! Até 6 meses o sentido mais explorado é o toque, então claro que ele vai explorar com seu tato e boca aquela comida. Não tenha vergonha de dizer não e recusar. Existem várias maneiras de fazê-lo educadamente e de maneira firme.
4o) Local da festa. A depender do local da festa, te digo que o melhor espaço para as festas de fim de ano é qualquer lugar que não a sua casa. Explico! Me pergunto se providenciar decoração, manejar todo o cardápio, providenciar louça para a família toda, ser os anfitriões da festa e fazer a famosa “sala” para os convidados e ainda assim dar conta do seu bebê e de suas necessidades não seria muita coisa para lidar. Penso no nível de estresse dessa mãe e se essa é realmente uma data que valha a pena toda essa mobilização de energia pra quem esta atravessando um pós-parto em nível punk! Tudo bem, você pode me dizer que não é seu caso, mas te digo que uma mãe com um filhote de até 6 meses (que é com quem mais conversamos aqui no sosmães.com.br) está beirando o cansaço e tentando se achar na rotina de mãe-mulher-trabalhadora-dona-de-casa. Se ainda assim, você dispôr da sua casa para as festas, peço encarecidamente a você que não concentre todos os preparativos nas suas costas. Mantenha sua saúde emocional: descentralize! Se organize com antecedência, simplifique, peça ajuda e delegue funções. Não tem nada de errado em pedir ajuda!
Desejo a todas as mães de pequenos bebês força, garra e saúde para criarmos nossos pequenos! Boas festas e feliz 2016!
Psicóloga, com atuação e experiência na área de vínculo mãe-bebê.
Além da psicoterapia sob enfoque de um olhar cuidadoso e diferenciado, realizo pré-natal psicológico, que se trata de acompanhamento psicológico com objetivo de vermos e trabalharmos aspectos emocionais da maternidade, preparação para o parto e demandas do puerpério e realizo atendimentos domiciliares no período do pós-parto.