Criatividade para brincadeiras, onde ela vive e o que ela come?

 #vemconversarcomagente! Dia 17/11 vamos conversar ao vivo sobre criatividade com a DIMDOM babysitters. Aqui mesmo, nesse post!!! Deixe seu email para avisarmos quando estivermos no ar!

Bom, coincidentemente, esse foi o texto que deu aquela trava inicial para começarmos a escrever, sabe? A criatividade é um tema tão amplo que falar sobre ela exige até um certo esforço, como colocar bordas em algo que nasceu pra ser livre. Mas então, vamos lá!

Pensando na relação com os pequenos, não temos como não falar da tal criatividade. Eles são nosso referencial mais natural de como a criatividade acontece. A espontaneidade da criança permite que a criatividade não encontre tantas barreiras mentais e saia correndo por aí, esbarrando em tudo que encontra pela frente. Então, vale brincar no banho, fazendo a espuma virar uma nuvem, vale jogar a bola bem alto como se fosse alcançar o céu, e vale ser um super herói para salvar o planeta do meu quarto do monstro terrível! Na mente e na vida da criança, tudo é possível, qualquer hora é momento de brincar e qualquer problema tem solução, mesmo os mais cabeludos!

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E em nós adultos, onde está tudo isso? Será que perdemos essa criatividade?

Tá certo, a gente sabe que muito do que dissemos acima se deve a uma grande dose de ingenuidade, mas defendemos aqui o papel fundamental da criatividade em todos esses aspectos. A criatividade não é só imaginar e fantasiar as coisas mais mirabolantes e absurdas – é também! Mas mais que isso, ser criativo envolve a capacidade de resolver problemas, elaborar estratégia e manejar conflitos.

É achar formas de conversar com o colega do parquinho que não quer emprestar o brinquedo, é a habilidade de discutir ou criar uma regra nova numa brincadeira que não agrada, é pensar em novas formas de consertar ou utilizar um brinquedo que quebrou.

Então, respondendo a nossa pergunta, se perdemos a criatividade: Nunca! Poderíamos até parafrasear dizendo: “a criatividade é a última que morre”! No entanto, infelizmente, é a primeira que podamos.

As crianças oferecem uma oportunidade para vivenciarmos nossa criatividade o tempo todo. Mas o que podemos fazer para deixar que ela flua?

Respeite o seu gosto para brincadeiras e se permita surpreender

Muitos pais sesentem na obrigação de acharem todas as propostas de seus filhos muito legais pra poder compartilhar com eles todos os momentos.

Entretanto, a criatividade acontece em solo fértil. Quando executamos alguma atividade que não gostamos, a criatividade se esconde, pois quando não estamos abertos, pouca disposição temos pra criar, explorar, reinventar. Isso não quer dizer também, que não devemos sair da zona de conforto e tentar aprender a gostar de certas brincadeiras; mas nesse caso, há uma disposição inicial para se permitir surpreender e reinventar a partir daquilo que não se gostava antes.

Torne o comum incomum

Nossa casa pode ser um grande cenário de um filme de ação, terror, aventura e o que mais vier a cabeça.

O rolo de papel pode ser tornar uma luneta para fazer investigações secretas sobre onde se esconde o reino das formigas. O tapete pode voar pelo céu até chegar ao seu destino final: as montanhas encantadas onde as pedras são feitas de marshmallow. O sofá pode ser um grande ônibus, cheio de passageiros que está desgovernado e sendo perseguido por morcegos ferozes. Os objetos e suas aplicações imaginárias são uma grande porta para a criatividade; explorar objetos comuns que fazem parte do dia-a-dia, mas de uma outra forma, abre a possibilidade para que nós adultos tenhamos uma ideia de por onde começar.

Tente olhar ao que tem a sua volta, pense em dar uma função totalmente fora do padrão para aquilo e deixe o fluxo de ideias continuar a história. Encene, se esconda, faça cara de assustado, se esquive dos morcegos… viva aquela situação sem saber como ela irá acabar. Abra mão do controle e se divirta!

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Seja bobo e não se julgue

“Dance como se ninguém estivesse olhando” é basicamente a mesma ideia. Aprendemos durante a vida a nos portarmos socialmente de forma “normal”. A criatividade não suporta a normalidade; ela é o exagero, o riso descontrolado, a emoção sem explicação, o coelho tirado da cartola.

Ao brincar com os pequenos, note o que acontece na brincadeira, e deixe seu pensamento vaguear pelas possibilidades, sem julgamento. Brincando de casinha, você pode pensar em levantar e sair correndo, imitando a sirene de uma ambulância. Tudo é possível. Aproveite esses momentos para ser o mais maluco que sua imaginação permitir.

Dentro das brincadeiras – A seguir, sugerimos algumas brincadeira que nos permitem ou nos chamam para exercitar nossa criatividade.

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*Histórias Surpresas: já existem jogos nesse modelo à venda, mas a ideia básica é separar imagens e selecioná-las ao acaso e, à medida que aparecem, contar a história baseada nelas.

Pode ser feito em dupla ou grupo, e até sozinho.

*Complemente o desenho: a ideia é que cada participante faça um traço de cada vez, no mesmo papel, buscando complementar o desenho do outro. Por exemplo, seu filho faz um círculo e você faz um traço abaixo dele, imaginando ser um pirulito. Essa atividade pode durar até a imaginação de vocês permitirem. Cada traço não precisa fazer sentido. O resultado final pode ser super divertido.

*Estátua Criativa: a diferença da brincadeira habitual de estátua é que, a cada parada da música, podemos mexer em quem está parado, criando novas posições. Arrisquem umas bem engraçadas.

*Labirinto e Caça tesouro: o simples fato de montar um circuito, labirinto ou locais e pistas para esconder um objeto já exigem de nós criatividade e pensamento estratégico. E quanto mais brincarmos disso, mais exercitamos nossa criatividade para criar novos locais e desafios. Deixe os pequenos tomarem a frente as vezes e preparem esses desafios para vocês.

E essa foi nossa gotinha de criatividade para que vocês possam extrapolar da forma como bem entenderem. A criatividade pressupõe a toque de cada um pra que ela possa fluir.

Fazer as coisas com criatividade não segue uma receita de bolo, tem  mais a ver com aceitação e se permitir sair de um lugar conhecido. As experiências que as crianças nos ensinam de como explorar a criatividade é um dos maiores presentes que elas nos dão. Elas nos abrem esse espaço para a criatividade e não julgamento. Aproveitem isso!

Lembrando do nosso BATE PAPO ao vivo (17/11 as 20hr, deixe seu email par ser avisada), onde conversaremos um pouco mais sobre a criatividade e como podemos aproveitar ao máximo essas experiências criativas com as crianças.

Ah! E uma notícia maravilhosa: em novembro, faremos um momento dedicado a brincadeira entre pais e filhos. A ideia é mostrar como a brincadeira funciona como facilitadora nas relações entre adulto e criança. Vai ser maravilhoso! Tem interesse em participar? Deixe seu contato.

 

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