A minha carreira de mãe, como tudo começou!

Oie! Aqui é Ludymila Pimenta! Você provavelmente não me conhece, mas irá, por diversas vezes me encontrar aqui nesta coluna e, quem sabe, se identificar comigo?

Eu tenho 31 anos e sou estereotipada pelo mundo como uma pessoa da Geração Y. Mas isso é relativamente novo para mim.

Tive que aprender sozinha a traçar meus próprios caminhos (ou os caminhos dessa geração) e nem fui ensinada por pessoas da Geração Y, pelo contrário, meus professores eram da Geração X. Como que pode uma geração com diferentes pontos de vista, ensinar outra? Por isso, desde que me entendo por universitária, sou incentivada a ter uma carreira. Fiz Psicologia para entender as pessoas (e a mim mesmo) mas era instigada pelos meus professores a me ver na prática diária de um consultório, uma organização, um projeto social, etc. Sempre!

 

Cai num mundo profissional exageradamente exigente. Adaptei valores para me adaptar a este mundo profissional. E consegui meu primeiro emprego. Suei, ralei, mas ouvia sempre da minha mãe que primeiro emprego era assim mesmo, a gente tem que começar debaixo para poder crescer. Busquei melhores oportunidades até que encontrei uma organização que fazia o bem, e por meio do bem, eu comecei a perceber que minha profissão poderia mudar o mundo.

 

Comecei a me encontrar neste mundo profissional. Acordava louca para trabalhar, a hora de voltar para casa não era estipulada. Aos meus 25 anos eu estava trabalhando por volta de 50h semanais e achava isso tudo muito legal! Criei planos, me capacitei, me tornei uma especialista em Desenvolvimento Organizacional, criava meus próprios modelos de RH e as pessoas gostavam. Me identifiquei neste papel de mulher profissional. Nada me segurava!  Era sustentada pelos meus pais, tinha meu carro quitado, um namorado a distância que era muito cômodo para mim… equilibrar os papeis da minha vida era muito fácil, o profissional sempre ganhava e eu não me importava. Workaholic era o meu sobrenome. Eu era elogiada e ouvida pelos dirigentes da organização e isso me fazia bem.

Eu e meu namorado estávamos com mestrado aprovado fora do país quando descobri que estava grávida de quase 12 semanas. MEU MUNDO CAIU! Optei por ficar e optamos por ele ir. Continuei com meu emprego fixo que eu tanto amava e comecei a trabalhar dentro de mim um novo papel que ia crescendo a cada dia. Quando a barriga começou a apontar eu comecei a perceber uma diferença no tratamento comigo, começaram a me excluir de grandes decisões na organização, começaram a evitar situações que me deixassem nervosa ou estressada. Mas eu nunca pedi isso, eu era a mesma, trabalhando 50h durante a semana. O bebê nasceu e depois de 2 meses em casa eu já não via a hora de voltar ao trabalho e ao retornar, apesar de cansada da rotina de ir em casa amamentar no almoço e ter que sair às 18h (em ponto), me sentia produtiva nos horários que tinha que trabalhar. Agora eu tinha um papel de mãe que ocupava 75% da minha vida mas os outros 25% definitivamente era o meu profissional gritando.

Comecei a notar que não importava o quão produtiva eu era, a organização deseja disponibilidade da minha parte e, bem, eu já não estava tão disponível assim.C

Mudei de cidade, de emprego. Achei que começando um novo trabalho já com este fato pré-estabelecido – sou mãe – já deixaria implícito algumas coisas e o fato de ter sido selecionada já deixaria claro que eles estavam aceitando a minha condição. Me deparei sendo a pessoa da “firma”, do “pessoal”. O fato de ser mãe me deixou uma pessoa não “cool”, eu me via dessa forma. Eu passei de profissional a trabalhadora e foi muito mais difícil mostrar que eu era boa e fazer minhas ideias e opiniões serem ouvidas.

 

Demorou, mas quando engravidei de novo eu comecei a aceitar (e desejar) a minha condição de mãe.

Foi uma simples situação no trabalho que me fez questionar o mundo profissional em que eu estava, uma pessoa muito respeitada e admirada por mim me questionou sobre o meu ritmo de trabalho e me disse, “pensei que mulheres faziam várias coisas ao mesmo tempo, estou começando a duvidar disso.” Isto me fez questionar valores. Foi um reboot, uma revolução interna. Eu não queria dar conta de tudo, ao mesmo tempo eu queria ser melhor em TUDO. Me senti corajosa e desejosa em ser mãe.

A segunda gravidez foi permeada por este pensamento de equilíbrio. Foi algo muito pessoal, parecia que iria nascer novamente. Acho também que a maturidade me fez ver uma profissional além da mãe. Comecei a identificar um lado empreendedor e perceber que eu poderia construir o meu próprio mundo profissional. Um mundo que aceitasse a minha carreira de mãe que comecei a priorizar tanto. Cá estou.

 

Tive que construir o meu próprio mundo, com meus próprios valores pois o mercado de trabalho não me abraçou. Não abraçou a minha “condição de mãe”.

É claro que por debaixo dessa ponte tem muita história, mas isso eu vou contando aos poucos.

Então, assim, me descobri: me tornei coach para ajudar outras pessoas, outras mulheres a passar por este caminho que passei sozinha – eu e meus botões (te garanto que foi muito mais difícil).

Falar de carreira de mãe (ou mãe de carreira?) é um assunto muito divertido pois me vejo tentando equilibrar este meu papel every fucking day.  Este é o mundo profissional que estou construindo para mim. E você? Como você construiu a seu?

Ludymila é Mestre em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, consultora, Jobseeker e Coach de carreiras e de transição. Busco através do meu propósito, ajudar outras pessoas a passarem por momentos de transição em suas vidas. Colunista do SOS MÃES na coluna “Carreira de Mãe”, discuto vários dilemas da profissional-mãe (ou mãe-profissional?).

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Carreira de Mãe - Ludy Pimenta

Depois de tudo isso, vamos conversar?

Semana que vem vai acontecer um bate papo online e ao vivo, nosso SOS MÃES hangouts com o tema: Você tem uma carreirade mãe ou você é uma mãe de carreira? Venha me conhecer e vamos juntas começar responder algumas perguntas como:

  • Você se sente abraçada por este mundo profissional em que você vive?
  • Você tem uma carreira de mãe ou você tem é uma mãe de carreira?
  • Como ficou seu lado profissional depois que você virou mãe?
  • Virou de cabeça para baixo igual ao meu? 

Links do evento ( tem para todos os gostos hehehhe)

no facebook, para você acompanhar as atualizações: SOS MÃES hangouts no face 

no youtube. Inscreva-se no canal e seja avisada quando “entramos no ar” : SOS MÃES hangouts 

Não perca!!! Aproveite e deixe seus comentários sobre o texto, eles podem entrar como tópicos no bate papo 😉

Update: Se você não conseguiu assistir aproveite a oportunidade AGORA. Veja na íntegra como foi nossa conversa. Ah, e não se esqueça de inscrever-se em nosso canal do youtube para ser avisada dos próximos.

Update 2 (23/05/16) : ASSESSORIA DE CARREIRA 

Semana passada rolou o maior bate papo AO VIVO com a Ludy Pimenta e sua coluna CARREIRA DE MÃE, e ao final do bate papo ela contou que irá presentear 2 mães com 3 sessões de assessoria de carreira PARA CADA UMA!!!! Assessoria de Carreira é um processo que te apoia em momentos de transições profissionais, seja em mudança de emprego ou até mesmo na mudança de carreira.

E aí você, que achou o máximo, vai perguntar: COMO eu participo?

É muito SIMPLES. Assim como a Ludy contou aqui no blog a carreira de mãe dela. ELA QUER SABER A SUA! Simples assim!

Conte pra ela seu momento atual, seu momento futuro e como ela pode te ajudar 😉
Depois de escrever, poste na página do evento!!! (link : https://www.facebook.com/events/1238563219510769/ ). Não se esqueça de usar a hashtag ‪#‎carreirademãe‬ e marcar a página @Ludymila Pimenta – Coaching e Consultoria

2 (DUAS) pessoas serão escolhidas:
* uma por sorteio durante o hangout 23/06
* a outra será escolhida pela Ludy, o post que mais me marcou.

Confirme participação no evento pelo link abaixo para poder compartilhar a sua história. https://www.facebook.com/events/1238563219510769/

Ah e para te inspirar veja como foi o nosso bate papo no SOS MÃES hangout – Carreira de mãe no vídeo abaixo

Participe e aproveite essa super super super oportunidade para te ajudar na sua CARREIRA DE MÃE! #AJUDAdaBOA

 

 

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